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Síndrome do Pânico - Tratamento

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Síndrome do Pânico - Tratamento

O planejamento do tratamento para Transtorno do Pânico vai depender da gravidade dos sintomas apresentados. Entretando, podemos resumir as alternativas para tratamento em terapia medicamentosa, psicoterapia e terapia combinada.

Na terapia medicamentosa usamos medicamentos para controle dos episódios de pânico. As medicações utilizadas para o tratamento do pânico são, muitas vezes, os mesmos remédios usados no tratamento da depressão. Nem todos antidepressivos são úteis para tratar o transtorno de pânico, entretando, a maioria dos medicamentos utilizados para o tratamento do pânico são, também, utilizados na depressão. Esses medicamentos a que me refiro são os antidepressivos. Exitem diversos antidepressivos disponíveis no mercado, entretanto, sabemos que os mais úteis para o tratamento do pânico são os inibidores seletivos da recaptura de serotonina (ISRS). Esses medicamentos não possuem efeitos imediatos. Todos eles possuem um tempo de latência para que os resultados apareçam. Esse tempo é variável sendo que, em média é de três a seis semanas. Isso faz com que muitos dos pacientes não continuem o tratamento. Geralmente quando se procura o médico psiquiatra (ou clínico) o paciente está muito angustiado e deseja ter alivio imediato dos seus sintomas. Quando se inicia o tratamento medicamentoso o paciente fica sujeito a efeitos colaterais desde a primeira dose. Mas lembre-se que os efeitos terapêuticos (que o paciente deseja ter) levam semanas para aparecer. Assim o abandono na fase inicial do tratamento é frequente. O paciente pode pensar: "- antes eu me sentia mal, ansioso... agora com o uso do remédio além de me sentir mal e ansioso ainda tenho esses efeitos colaterais". Por isso é importante discutir com seu médico todos os possíveis efeitos colaterais antes de iniciar um tratamento. O conhecimento prévio de reações adversas faz com que esses efeitos se tornem mais toleráveis.
Ainda dentro do arsenal terapêutico medicamentoso temos a possibilidade de usar ansiolíticos. Os ansiolíticos, ao contrário dos ISRS oferecem alívio imediato dos sintomas de pânico. Ou seja, assim que a pessoa toma o efeito aparece tendo apenas alguns minutos de latência (dependendo da apresentação). Entao surge uma dúvida: por que devemos utilizar ISRS (que demoram mais para fazer efeito) ao invés de ansiolíticos que oferecem alívio mais rápido? A resposta pode ser vista nos graficos abaixo.

No primeiro gráfico vemos a evolução de um quadro de pânico sem tratamento e com tratamento. Vamos considerar, nesse caso, que o tratamento utilizado seja um antidepressivo do tipo ISRS. Note
que o tratamento faz com que as crises de pânico fiquem mais distantes uma das outras. Se percebe ainda que a intensidade da crise, quando presente, é menor do que as crises quando o paciente está sem medicação.
Já no segundo gráfico, o que vemos é uma comparação da evolução do pânico com o uso de Benzodiazepínicos (ansiolíticos) e sem nenhum outro tipo de tratamento. Podemos perceber que os ansiolíticos não reduzem a frequência das crises, mas apenas a sua intensidade. São medicamentos excelentes para controle de um episódio de pânico, diminuindo rapidamente os sintomas e proporcionando alívio para o paciente. Entretanto não são uma boa escolha para uso contínuo já que eles não fazem com que as crises fiquem "mais distantes" umas das outras como ocorre com os ISRS. Por isso, mesmo os ISRS sendo remédios que "demoram" mais para iniciar o efeito, o seu resultado final é superior aos ansiolíticos no controle do quadro.


Leia mais sobre Síndrome do Pânico no Blog Prontamente, PsiqWeb

Abaixo, um vídeo sobre o trantorno de pânico mostrando sua evolução e sintomas principais.


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3 comentários

  1. MUITO CLARA A JUSTIFICATIVA DA INTERVENÇÃO MEDICAMENTOSA, QUE TODOS OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE, PUDESSEM ESCLARECER AOS SEUS PACIENTES ESTE PROCESSO DE LATÊNCIA E EFEIOS COLATERAIS, BEM COMO AS VANTAGENS DE CADA MEDICAÇÃO QUANDO REALMENTE FOREM IMPRESCINDÍVEIS. ESTE VÍDEO COMPLEMENTA A EXPLICAÇÃO MUITO BEM. SÃO INFORMAÇÕES CLARAS COMO ESTA QUE PRECISAM SER MAIS DIVULDADAS PARA A SOCIEDADE, FAZENDO ENTÃO O PAPEL PRIMÁRIO DA PREVENÇÃO! (marianemo@ibest.com.br - estudante de psicologia)

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  2. Bom artigo! Eu acho que os remédios ajudam superar os ataques de panico mas é necessário trabalhar para entender melhor o problema e ter uma vida mais saudável!

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  3. Eu não sei se sofro desse transtorno, mas venho tendo pelo menos 1 crise por semana, no meu caso algumas demoram horas é seguida por fortes nauseas. Ja fiz varios tratamentos, alguns não deram resultados e em outros os efeitos colateriais eram insuportaveis.

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